As Ciências
Forenses, inicialmente aplicadas à espécie humana, começam actualmente a ser
aplicadas a outras espécies, ainda que com recursos bastante escassos e sem
reconhecimento como disciplina de especialidade.
“Durante
muitas décadas, os membros da profissão médica, em muitos países tiveram
oportunidade de adquirir treino e obter graus de pós graduação encontrando
neste campo uma actividade a tempo inteiro. No entanto tem havido,
comparativamente, poucos desenvolvimentos na Medicina Veterinária. Os
veterinários que se envolveram na actividade forense usualmente são autodidatas
ou, em alguns casos, obtêm a sua competência na oferta de qualificação na área
da Medicina Humana.
A
ausência de uma especialização em Medicina Veterinária Forense é surpreendente
considerando que os profissionais desta área desempenham há muito tempo o papel
de testemunhas periciais em tribunal em casos relacionados com animais. Ao
aumentar a legislação relativa ao bem estar animal, conservação e matérias
afins, bem como uma sociedade que se torna mais litigiosa nestes aspectos,
especialmente nos países ocidentais, a procura de especialistas em ciência
forense animal é provável que cresça e as lacunas no ensino e treino serão
provavelmente colmatadas." (in “Introduction to Veterinary and Comparative
Forensic Medicine”, Cooper & Cooper, 2007, Blackwell Publishing - tradução livre)
Anabela Santos Moreira (2011, Extracto da proposta de criação da disciplina opcional de Ciências Forenses em Medicina Veterinária, apresentada ao Concelho Científico da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa (antiga Universidade Técnica de Lisboa))
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