
Inicialmente
de cariz fortemente Clínico e Tanatológico, este ramo da Medicina foi recebendo
contributos das mais variadas ciências biológicas. A aplicação e o
desenvolvimento tecnológico nas várias áreas conduziu a que cada uma delas, por
si, adquirisse estatuto próprio e actualmente a Patologia, a Entomologia, a
Toxicologia, a Genética, a Osteologia, a Odontologia, só para citar algumas,
são áreas médicas individualizadas também sob o ponto de vista forense.
Este
conjunto de ciências e a necessidade de dar respostas cada vez mais precisas às
questões levantadas pela matéria legal, também ela em constante evolução, chama
a este conhecimento, já de si pluridisciciplinar, outras áreas tais como a
antropologia (no seu sentido mais lato que inclui
não apenas a espécie humana mas também outras espécies animais), a
criminalística, a balística e ainda outras áreas, aparentemente com pouca
relação, como a botânica, a geologia, a geografia, a meteorologia, apenas para
enumerar alguns exemplos. Esta pluri e interdisciplinaridade dá assim forma a
uma área do conhecimento com a designação de Ciências
Forenses.
Actualmente
e talvez devido ao sentido etimológico da palavra forense (do latim forensis, que é relativo ao foro
judicial, aos tribunais) as Ciências Forenses alargam-se a outras áreas
biológicas como a Ecologia, mas também a áreas não biológicas como seja a Engenharia,
a Cibertecnologia, a Económica e Financeira, entre outras.
Anabela Santos Moreira (2011, Extracto da proposta de criação da disciplina opcional de Ciências Forenses em Medicina Veterinária, apresentada ao Concelho Científico da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa (antiga Universidade Técnica de Lisboa))
Anabela Santos Moreira (2011, Extracto da proposta de criação da disciplina opcional de Ciências Forenses em Medicina Veterinária, apresentada ao Concelho Científico da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa (antiga Universidade Técnica de Lisboa))
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